terça-feira, 28 de outubro de 2014

VIVER EM FAMÍLIA

VIVER EM FAMÍLIA

Cairo, Igor, João Gabriel, Luiz Gustavo,
 Matheus, Nathaly, Rafael, Sofia.

Equipe Base MFC Sagrada Família

Nós, crianças e adolescentes da equipe base Sagrada Família, do Movimento Familiar Cristão em Rondonópolis, nos reunimos para discutir sobre nossas famílias por ocasião da Semana Nacional da Família. Constatamos que não existe nada melhor do que viver bem em família. Tudo o que aprendemos de alguma maneira, aprendemos na família. São os nossos pais que nos ensinam a ter respeito, educação, amor ao próximo, etc. Desde o aprender a andar, a falar, a comer, até às coisas mais sublimes como amar, tudo aprendemos com a nossa família. Pena que muitas pessoas não tenham o privilégio de ter uma família equilibrada e por isso vemos tantos problemas em nossa sociedade.
        Percebemos que a família é muito mais importante do que o facebook, o celular e a internet, porque é muito mais gostoso ouvir as histórias que nossos pais nos contam do que as conversas da internet; é muito mais gostoso ganhar um abraço do pai ou da mãe do que ficar na frente do computador. Gostamos mais de lembrar dos passeios que fazemos em família do que das coisas que assistimos na televisão. Outro momento de alegria é quando vemos nossos pais bem e felizes e quando brincam conosco. As brincadeiras em família são melhores do que qualquer outra atividade e  os momentos que brincamos com os pais ficam em nossa memória para sempre. Também quando vamos à missa  e podemos ficar juntos sem preocupação de ir para a escola ou para o trabalho. Sem família, a gente não existiria.
       É muito bom quando podemos ir à fazenda com os familiares; quando ajudamos nossos avós a molhar as plantas; quando temos tempo para brincar com os nossos pais, avós, tios e irmãos. Quando a família está reunida, sentimos que ficamos mais fortes, mais felizes. Percebemos que  nossos pais não gostam que fiquemos no celular ou na internet, para podermos conversar mais com eles. E isso é importante, porque é nessas horas que eles nos ensinam a fazer as tarefas, nos ensinam coisas que nos ajudarão a ser melhores, apesar de às vezes, não entendermos bem. Muitas vezes vemos conflitos nas famílias, porque em muitos lares as pessoas não param para conversar, para rezar e assim vão se desentendendo; cada um passa a viver para si mesmo e não percebe que  viver em família é muito mais fácil: um ajuda o outro e assim se consegue ter paz.
        Os pais são os nossos modelos;  são o exemplo do que devemos ser. Um dia, numa reunião do nosso grupo,  uma colega nossa e seu pai encenaram um teatro em que o pai dizia: “Filha, olhe por onde anda”. E a filha respondeu: “ não se preocupe, papai. Estou apenas seguindo os seus passos”. E assim acreditamos que se os pais souberem  viver no caminho do bem e do amor, os filhos também saberão fazer as melhores escolhas na vida. 

“AFETIVIDADE” EM TEMPOS DE TECNOLOGIA

“AFETIVIDADE”  EM TEMPOS DE TECNOLOGIA

 Flávio, Luciana e Olímpio Alvis

                     Equipe MFC Sagrada Família

É muito comum nos dias de hoje  utilizarmos as redes sociais, chats on line, etc, que nos possibilitam a sensação de estarmos perto dos familiares  e amigos que moram distantes de nós. Ficamos felizes por acompanhá-los, falar com eles e senti-los perto, porém, ao mesmo tempo nos distanciamos de quem está ao nosso lado no dia-a-dia, que são os nossos familiares, amigos e parceiros de trabalho. A utilização desenfreada de equipamentos eletrônicos também tem gerado separações, discussões, ressentimentos e desconfianças, pois ao conectar ao facebook, ao whats App, por exemplo, a pessoa fica exposta a todo tipo de imagens  e mensagens, muitas vezes repletas de pornografia, violência e contravalores.
       A utilização de tais equipamentos tem se apresentado como um vício do século XXI, pois até na hora de se alimentar e de dormir, muitos não conseguem se desvencilhar do aparelho celular. Um aparelho tão pequeno e, ao mesmo tempo, com um poder de persuasão tão grande. Até mesmo nos poucos momentos de diálogo, o celular tem o poder de  interromper conversas, de afastar as pessoas mais próximas e, muitas vezes, provocar atritos, especialmente entre os casais. Tem sido comum  encontrar amigos em torno de uma mesa, emudecidos, cada um com o seu celular, e na maioria das vezes, lendo mensagens e recebendo vídeos irônicos que nada acrescentam aos aprendizados da vida. Uma multidão que se cruza sem saber nada dos sentimentos do outro; sem se preocupar com os que caminham ao seu lado e o pior, sem conhecer a si mesmo.
       Essas mesmas mídias que nos conectam virtualmente o tempo inteiro, nos distanciam do olhar, do abraço, do carinho, de sentir a presença do outro com seus problemas e dificuldades, pois nas redes sociais todos estão bem, lindos e contentes. Quando alguém resolve expor seus problemas, via de regra, é ridicularizado e assim se passa a falsa ideia de que tudo está bem. É preciso estar atento às mensagens veiculadas porque a tendência é que fiquemos todos alienados, como aparece na tela símbolo dos aparelhos andróids que mostram as pessoas conectadas, como zumbis, a cumprir ordens de uma sociedade de consumo que visa o lucro e a dominação.
        O fato de muitas pessoas “entrarem de cabeça” neste mundo moderno  tem provocado muitos conflitos, pois deixam passar oportunidades de melhor acompanhar a criação dos filhos, as alegrias e as tristezas de companheiros, as oportunidades de ficar junto sentindo o coração do outro, de abraçar e ser abraçado, de ajudar e ser ajudado, enfim de amar e ser amado.  Nessa corrente consumista falta espaço para a espiritualidade, para a oração, para o afeto. A continuar assim, lembramos a frase de um poeta que em uma de suas composições lança a pergunta: “será que um dia alguém vai nos perguntar: o que era o amor”? Acreditamos que é possível conviver com toda essa tecnologia sem perder a afetividade, mas para isso é necessário cultivar espaços de partilha, de oração em família, de lazer e brincadeiras que nos possibilitem experimentar a graça de Deus em nossos lares e em nossas famílias. Nós do Movimento familiar Cristão temos convicção de que com Deus nossas famílias serão mais felizes. Venha participar conosco...                            

FAMÍLIAS E A CIDADANIA DE JESUS

FAMÍLIAS E A CIDADANIA DE JESUS

 Ilson, Juvanês, Ronaldo e Tatiane.
Equipe MFC Sagrada Família

Atualmente se fala tanto em cidadania, mas se vive tão pouco o respeito com o próximo e o cumprimento dos deveres sociais. Para muitos,  a corrupção passou a ser algo comum e o desrespeito às normas parece ser a regra geral. Essa inversão de valores tem gerado medo, insegurança e uma cultura de morte. Por outro lado, temos milhares de famílias que ainda acreditam na vida em comunidade e cultivam valores como o respeito, a honestidade, a partilha e praticam sua cidadania cumprindo os deveres sociais e contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa.
        Famílias que assumem o projeto e o modelo de vida de Jesus que, mesmo sendo Deus, exerceu plenamente  sua cidadania e nos mostrou que é possível ser justo e bom em meio às tentações cotidianas. Quando instigado pelos fariseus, Jesus mostra o caminho a ser seguido: “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Jesus cumpriu seus deveres de cidadão sem abrir mão de suas convicções: não se vendeu, não se corrompeu, não mentiu e lutou pela justiça e pelo amor até o fim. Jesus nos ensinou que devemos buscar “o reino de Deus e a sua justiça” e “ajuntar tesouros nos céus onde as traças e a ferrugem não corroem”.
        O nosso compromisso enquanto famílias que sonham com uma sociedade mais feliz deve se basear na justiça, pois assim conseguiremos trilhar pelos caminhos do bem, da concórdia, do respeito, da honestidade nas pequenas e nas grandes coisas. Muitos de nossos pais nos ensinaram que “quem pega uma agulha, pega um agulheiro”, mostrando o respeito que devemos ter para com as coisas alheias e assim nos educando para o exercício da cidadania. É triste perceber que em muitos lares os pais não se preocupam com a educação dos filhos; não se atentam para as coisas e as pessoas que os filhos trazem para dentro de casa e assim acompanhamos uma série de problemas gerados pelo descompromisso na formação dos filhos.
        Os valores do bem e do amor estão ficando escassos nos meios de comunicação social. A maior parte dos programas televisivos e virtuais enaltece o mal, a injustiça, a ironia, a desqualificação, a corrupção, a separação de casais, a destruição das famílias, o que aumenta a nossa responsabilidade na educação para a cidadania. Os valores do bem devem ser construídos a cada dia, a cada gesto, a cada palavra, a cada exemplo. São as pequenas coisas que formam  o caráter e a personalidade de uma pessoa.
         Em uma sociedade que tanto carece de pessoas do bem, Jesus Cristo é o modelo de cidadão que soube viver plenamente o amor ao próximo e defendeu o direito de igualdade para todos. Jesus poderia ter morado em palácios, mas preferiu as periferias; poderia ter ficado ao lado dos ricos, mas preferiu os pobres, os pecadores, os excluídos; poderia ter ditado as leis, mas escolheu viver entre as pessoas, com as pessoas e para as pessoas.  Jesus viveu neste mundo como ser humano, se envolvendo com as causas sociais, se preocupando com as pessoas em suas necessidades  e buscando a justiça em primeiro lugar.  Em respeito à liberdade humana, Jesus não se preocupou em mudar o mundo, mas transformou profundamente a vida das pessoas que nele confiaram. Do mesmo modo, Deus nos confiou essa missão de sermos cidadãos, de vivenciarmos os valores do reino de Deus neste mundo semeando o amor, o respeito, a união, a alegria e a paz por onde passarmos.  

TÃO PERTO E TÃO DISTANTE

     

"TÃO PERTO E TÃO DISTANTE"


Valter, Francislaine e Emiliana.

Equipe MFC Sagrada Família

Você começa a perder o seu filho dentro de casa”. Frase de efeito ou realidade nos dias de hoje? Na maioria dos lares temos um batalhão de aparelhos tecnológicos que, se não usados corretamente, podem criar uma muralha na comunicação. A ausência das brincadeiras coletivas e a substituição por jogos eletrônicos aumenta a distância nos lares, pois pais não brincam mais com os filhos; irmãos não brincam com os irmãos, vizinhos não se conhecem  e assim vão se afastando uns dos outros.
        As brincadeiras de roda, de esconde-esconde, de pular corda, de peteca, de passar anel, de direita vazia, de três marinheiros, de bola de meia, etc, que possibilitavam  proximidade, amizade, espírito de equipe entre as pessoas estão em extinção. Gestos simples que marcavam tanto a vida das pessoas,  hoje estão sendo esquecidos. Gestos como abraçar nossos filhos, olhar nos olhos durante a conversa, sorrir por coisas simples e banais.
     É hora de mudar, trazer as tecnologias para o nosso lado e resgatar as coisas simples da vida. É hora de começar a  selecionar os programas e assistir televisão junto com os filhos, com os pais, com os irmãos. É hora de trocar as longas horas no computador ou no celular por passeios com a família. Em nossa cidade existem parques, horto, ruas arborizadas, quadras de esportes, praças, igrejas, enfim, muitos lugares que podem ser frequentados por toda a família. Que tal voltarmos a fazer passeios semelhantes àqueles que deixaram tantas boas lembranças entre nós?  Fomos criados para a partilha e para o amor e muitas vezes ficamos tristes e depressivos, porque  estamos agindo como máquinas e não como seres humanos. Ficamos isolados, na frente de máquinas que começam a dominar o nosso tempo, os nossos pensamentos e atitudes e isso tem gerado enormes problemas em nossos relacionamentos. Não há como negar a riqueza da tecnologia e os benefícios que nos trazem quando bem utilizados, mas é necessário ter cautela para que possamos utilizar todos os recursos que temos, sem perder a essência do amor e da convivência fraterna. Vamos aproveitar essa semana da família para interagir,  conversar e brincar  mais com a nossa família... Quando a gente ama de verdade, a gente aceita o outro  e organiza tempo para curtir mais a sua companhia. Por ocasião de um acidente aéreo, uma pessoa escreveu no  mural do aeroporto:  “ se eu soubesse que você morreria nesse acidente, teria dedicado mais tempo para você... teria te abraçado mais e te falado do quanto eu te amo”... Aprendamos com os ouriços na época do frio: mesmo sabendo que se machucarão com os espinhos dos outros, se abraçam e assim continuam vivos. Vamos investir mais na qualidade do tempo que temos e construir relações mais humanas, mais fraternas e mais solidárias para que não fiquemos tão pertos e tão distantes...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O PODER DO DIÁLOGO NA FAMÍLIA

O PODER DO DIÁLOGO NA FAMÍLIA

Cidinho, Elma, Lúcia e Sidney.
Equipe MFC Sagrada Família
      
Quando falamos em diálogo lembramos  uma conversa, uma troca de ideias entre pessoas e em muitos casos, até a mudança de certos pontos de vista, a partir dos argumentos enunciados. O diálogo alivia; aproxima as pessoas, promove avanços e entreajudas na família. Mesmo que se tenham  desencontros e divergências nas idéias é o diálogo que promoverá o aprendizado tão necessário em nossos dias. Por outro lado,  a falta de diálogo causa enormes  estragos aos relacionamentos e muitas vezes, as pessoas perdem  a oportunidade de vivenciar belos momentos por falta de diálogo  e por mal entendidos.

      Nos dias atuais percebemos muitos desencontros e discussões nas famílias por falta de comunicação e ainda porque os meios de comunicação social tem instituído um padrão de isolamento e intolerância que afeta diretamente as relações interpessoais. Os pais falam de uma maneira que os filhos não entendem e vice-versa. Os filhos não têm tempo para ouvir os pais e às vezes, nem para ficar com os pais. Muitas conversas giram em torno da ironia e da desqualificação.  Muitos pais não conseguem organizar seu tempo para conversar e brincar com os filhos.  O mundo virtual passou a ocupar o tempo de grande parte das pessoas que valorizam mais o celular, o computador, o notebook, etc,  do que as pessoas que os rodeiam. É comum encontrar pessoas que passam horas “conversando” com outras pessoas no facebook, mas não têm um minuto para sentar com seus familiares, ouvi-los, trocar ideias, planejar, sonhar juntos.

          Ao acompanhar recentemente os jogos da Copa é fácil perceber porque muitas famílias estão enfrentando tantas dificuldades: cada um quer fazer as coisas do seu jeito, no seu tempo, na sua  individualidade e o que ficou patente é que para vencer é necessário ter um espírito de equipe. Quando assumimos um projeto coletivo, o diálogo se torna a base para os ajustes. Assim deveriam ser as nossas famílias. Equipes que dialogam e buscam caminhos para superar os problemas. Equipes que valorizam o papel de cada um no jogo da vida; que vê as potencialidades do outro e fica feliz ao ver o crescimento e o sucesso dos seus pares.

        Em uma equipe, há o contato pessoal, o “olhar nos olhos do outro”, o aconchego e também as discussões, os desentendimentos, as trocas de experiências e os aprendizados. Que nós possamos ter diálogo sadio em nossos lares, pois como nos lembra a passagem de Provérbios 16, 24: “palavras suaves são como  favos de mel: doçura para a alma e tônico para o corpo”. Vale a pena investir em mais diálogo e oração em nossas famílias, dedicar mais tempo para ouvir com paciência, para partilhar os sonhos, as alegrias e as tristezas. Ter tempo para sentir o coração do outro; para rezar juntos, pois como dizia o papa João Paulo II: “família que reza unida, permanece unida”.  Quando conseguimos pautar nossos relacionamentos em um diálogo tranquilo, muitas dificuldades são superadas e assim podemos agir como famílias que se sentem protagonistas da história e contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna.


A ESPIRITUALIDADE CRISTÃ NA FAMÍLIA

A ESPIRITUALIDADE CRISTÃ NA FAMÍLIA

Laci Maria Araújo Alves
Paróquia Bom Pastor

        
Estamos iniciando a Semana Nacional da Família,  um espaço para reflexões, com o tema: “espiritualidade cristã nas famílias: um casamento que dá certo”. Por que a escolha desse tema? Porque temos acompanhado uma profunda inversão de valores e de desrespeito em relação às famílias. O que está acontecendo em nossa sociedade que valores tão elementares na vida humana, tais como amor, amizade, carinho, oração, respeito, etc, começam a ser ridicularizados? Que interesses estão forjando tais mudanças? Por que não temos tempo uns para os outros, mas não desgrudamos do celular, do notebook e das conversas virtuais?

       Nesse emaranhado de novidades e de aparelhos que não cessam de exigir novos aplicativos estamos nos distanciando até de nós mesmos. Como temos lidado com a nossa espiritualidade? Como temos alimentado nossos sonhos e nossos sentimentos? Buscamos ajuda na Palavra de Deus, na oração ou nas redes sociais que não cansam de ridicularizar o bem?  No geral, “embarcamos”  facilmente na onda consumista que insiste em nos afundar em dívidas para conseguir aparelhos caros e modernos e que nos expõem ainda mais à violência. Precisamos parar e tentar enxergar o quanto somos manipulados por grupos econômicos que criam um mundo mágico que nos encanta, nos atrai e  nos transforma em consumistas de uma tecnologia que não alimenta a nossa essência, porque é baseada numa linguagem impessoal, virtual e de informação, mas não de formação para a vida. É só observar o elevado número de acessos de vídeos de ironia em detrimento dos vídeos de oração e de mensagens. O que está acontecendo conosco que estamos nos tornando reféns dessa linguagem virtual, mesmo quando estamos próximos das pessoas que nos amam? Trocamos facilmente o diálogo “olho no olho” pelas fofocas veiculadas nas redes sociais. Mesmo quando estamos sentados ao lado de outra pessoa a nossa presença parece não interessar, pois o celular fica “apitando” a chegada de mensagens que “precisam” ser lidas rapidamente, como se tivéssemos que “obedecer” cegamente às ordens desse aparelho que passou a controlar a vida de muitas pessoas.

        Em uma sociedade capitalista,  quanto mais alienados, mais facilmente somos dominados e é essa  forma de poder que tem provocado tantos transtornos em nosso meio. Estamos trocando nossa identidade de pessoas criadas para o amor para pessoas dependentes da tecnologia.  É hora de mudar a lógica das relações em nossas famílias: sair da impessoalidade para o abraço; da desconfiança para o perdão e o amor; das ironias para o diálogo fraterno; da repetição e fofocas para a sabedoria; do tempo nos equipamentos para o tempo com as pessoas, pois estamos perdendo momentos de convívio que não se repetirão. É preocupante observar pais que têm coragem de colocar um celular nas mãos de crianças que mal sabem falar e ainda se vangloriam de que o filho sabe usar o celular, aparelho radioativo, que pode trazer doenças, mas não têm coragem de sentar com os filhos, ensinar os limites, brincar com  eles, ensiná-los a rezar e a conviver fraternalmente.

        Realmente, há muito o que mudar... Precisamos de uma reengenharia em nossos lares. Carecemos de mais qualidade de vida em nossas relações e para tanto, precisamos nos conhecer mais. Deixar que nossa essência divina conduza nossa vida.  A oração nos devolve a paz e nos coloca em contato com nossa própria alma e com Deus já presente nela. Como na história da águia que precisa mirar o sol para se sentir forte, nós precisamos buscar forças em Deus para fazer de nossas famílias “ninhos de amor” nos quais as pessoas sintam vontade de permanecer, se sintam felizes e possam contribuir para que tenhamos mais paz e fraternidade em nossa sociedade. 


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

MISSÃO "SER PAI"

MISSÃO “SER PAI”

Ercílio Edmundo Pereira
Adm Diocese de Rondonópolis

Fico a imaginar, refletir as dificuldades de ser “pai” nos dias atuais, como é difícil, como dói no fundo do coração ao depararmos diariamente nos noticiários nacional, estadual e especialmente em nossa querida Rondonópolis de tanta violência que envolve nossos filhos?
Para ser pai, é necessário ser homem verdadeiro pai é aquele que cumpre o papel nos seus mais profundos sentimentos, e ter atitude, ter pulso firme. É aquele que da atenção ao seu filho, é viver as fraquezas que depois corrigira nos filhos, aprender a ser contestado mesmo na auge da lucidez, a experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo, é aprender a tolerância com os diferentes e exercitar a dura intolerância (mas com compreensão) para com os próprios erros. Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar. É compreender sem demostrar e esperar o tempo de colher ainda que não seja em vida. É ter coragem de ir adiante, tanto para vida quanto para a morte. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem impor, sofrer sem contagiar, amar sem receber, é atingir o máximo da angustia no máximo do silencio.

Pai é crescimento, exteriorização, honestidade, ação, dias uteis, trabalho, ousadia, o pai ajuda seus filhos a crescer e evita que a criança ficar cristalizada na barriga da mãe. Ser pai é sempre diferente, único, novo, irrepetível é insubstituível, cada filho tem uma personalidade seja menino ou menina, não importa a raça desse pai, importa que ele ensine seus filhos a aceitar a todos igualmente, como também não importa a profissão deste ou daquele pai, o importante é gostar do que se faz, e ser feliz, alegre no que escolher para a sua vida.

Pai é e sempre será aquele que ao lado do filho consegue descobrir vida, alegria, sintonia, e apreciam juntos cada descoberta, e assim são como crianças na mesma idade pelo afeto, pelo carinho, pelo amor, por ser filho e filha, por ser pai, em fim é saber ir se apagando à medida em que mais nítido se faz a personalidade do filho, sempre como influencia jamais como imposição, ir colhendo a vitória ao perceber que o filho a quem tanto dedicou com o passar do tempo não necessita mais dele para viver.
É ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta, é formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem demostrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber. É Ser uma vitrine, um espelho para seu filho.
Enfim é ser Pai de todos os filhos, inclusive dos que não são nossos, é ser companhia constante, é ser PAI e MÃE.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

AÇÃO SOCIAL "MFC"



O Movimento Familiar Cristão (MFC) de Rondonópolis-MT, comemorou no dia 19 de julho o dia Nacional da sua fundação.

Essa data foi marcada com a a realização de uma Ação Social, que ocorreu no Bairro Alfredo de Castro, iniciando com uma celebração em Ação de Graças, celebrada por uns dos seus pioneiros Sr. Simeão, como é conhecido.


Após a celebração foram realizadas algumas atividades, como corte de cabelo onde esteve presente a Escola de Cabeleireiro Danubio, aferição da pressão arterial e orientações, bazar solidário, a presença do Cras-Centro de Referencia e Assistencia Social, oferecendo certidão de nascimento, RG, registro do Cadastro Unico, dentre outros, acessória juridica com a presença dos estudantes da UNIC e muita, mas muita recreação para toda criançada, com pula-pula, palhaço, lanches, sorvetes e doces.

O comprometimento o engajamento e a participação dos membros de todas as Equipes Base do MFC Rondonópolis, seus familiares e cristãos simpatizantes foi maciça e muito importante para consolidar esse trabalho que é realizado em nossa cidade em favor das famílias.

Nossos agradecimentos a todos que colaboraram com mais esse evento e principalmente os moradores do bairro que nos receberam. 

Tiago 2

14 De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo?
15 Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia
16 e um de vocês lhe disser: "Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?
17 Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.
18 Mas alguém dirá: "Você tem fé; eu tenho obras".
Mostre-me a sua fé sem obras, e eu mostrarei a minha fé pelas obras.

terça-feira, 22 de julho de 2014

PULA A FOGUEIRA

"Pula a Fogueira"

Padre Reginaldo Carreira - Revista Família Cristã Pag. 28


A palavra é essa: "pula a fogueira", e não "pise na fogueira"! Parece óbvio, mas não é. Em alguns lugares, ainda persiste o costume de demonstrar a fé pisando em brasas, sofrendo algum tipo de dor, suportando literalmente a cruz, com direito a pregos e tudo. A tradição das festas juninas também levava o devoto a passar pelas brasas (rapidinho, é claro), para demonstrar sua fé e coragem. Nos pés daqueles que, na maioria, trabalhavam nas roças, pés calejados pelo trabalho árduo dos plantios e colheitas, não ficavam muitas marcas. Para os pés da grande maioria da população de hoje, as consequências seriam desastrosas, e, por vezes, cômicas, se não fossem trágicas!

É, os tempos mudam! Alguns costumes também. O sacrifício tem seu tem seu valor e necessidade, mas, na verdade, a fé se demonstra com obras de amor-caridade, muito mais do que com sacrifícios ou "loucuras". Mas o tema é interessante para servir de apoio a uma reflexão oportuna. Como citado acima: se fala em pular a fogueira e não em pisar nela. Como brincadeira nas festas juninas ainda dá para compreender, mas como diz o ditado:

"Quem brinca com fogo acaba se queimando': Vendo por esse lado e pensando na nossa espiritualidade, às vezes acabamos nos "queimando': por acharmos que somos fortes demais, que não cederemos às tentações, que não cairemos naquela conversa, que não seremos influenciados por aquele discurso, aquela convivência ou aquele suposto amigo.
Conhecer a voz - Sábias eram as ovelhas que não seguiam a voz dos estranhos e, mais ainda, fugiam dessas vozes, porque não lhes eram conhecidas, como ensinava Jesus (cf. Io 10,5).
Podemos entender que aquele que conhece a voz do Bom Pastor, ou seja, Jesus calcula os riscos e não se permite cometer pequenos deslizes. Mesmo porque são os pequenos erros que abrem espaços aos grandes pecados. É o olhar de cobiça (real ou virtual), que abre espaço para a traição e o adultério; é a palavra agressiva, que abre espaço para a violência de fato; é o pensamento ambicioso, que cede à tentação do dinheiro fácil, do tráfico de drogas e outros crimes; é o primeiro gole, que derruba o alcoólatra; o primeiro cigarro, que escraviza o dependente; o pequeno "desvio de verbas': que faz o grande corrupto.
Será que não temos nos arriscado demais? Afinal, vemos nos meios de comunicação uma tentativa cada , vez mais insistente de destruir conceitos e valores, em nome de uma pseudoliberdade. E ainda acabamos por achar tudo normal e bom, desde que seja de acordo com o que cada um quer.
Penso que o mais sensato é ouvir o que a Palavra de Deus ensina: calcule os riscos. Não se enfrenta o inimigo se não se está pronto (cf. Lc 14,31). É claro que temos armas espirituais capazes

de enfrentar o inimigo, e é ele quem fugirá de nós; mas tanto quanto é errado temer o inimigo, tratando-se do campo da fé, também é errado subestimá-lo. Há momentos em que até podemos passar correndo pela fogueira sem grandes consequências e com a vitória garantida. Mas precisaremos ter os pés calejados por um trabalho árduo e seguro, dia após dia, cultivando o conhecimento e a alegria da fé. Em outros momentos, fuja da tentação e não se aproxime tanto, pois quem brinca com fogo acaba se Queimando ... 

Método Billings

 MÉTODO BILLING

Revista Familia Cristã Pag. 23 Junho 2014


O Método de Ovulação Billings (MOB) é uma maneira comportamental e natural de prevenir a gravidez ou se preparar para ela, já que se baseia em evitar relações sexuais em determinados períodos de cada ciclo menstrual, de acordo com a análise do muco cervical feminino, sem a utilização de métodos e barreira ou hormonais e, tampouco, intervenções cirúrgicas.

É um método que tem a vantagem de ser simples, sem ônus, e também permite que a mulher conheça melhor o funcionamento do seu corpo. Além disso, pode ser aplicado pelos casais no momento em que acharem oportuno ter ou não filhos, e Incentiva o diálogo e o respeito, uma vez que o ato de conceber ou não dependerá do consenso e conduta dos dois.

A mulher tem sensações diferentes nas fases do cicio menstrual, devendo ficar atenta a esses sinais. Logo após a menstruação, não há formação de muco na vagina. Entretanto, ele vai surgindo no decorrer os dias. Primeiramente, em pouca quantidade e, depois, em maior quantidade e também mais espesso. Esses são os períodos próximos á ovulação: fase mais fértil do ciclo menstrual, que ocorre na metade desse período.

Quando este evento ocorre, ela tem uma sensação de umidade na região vaginal e o muco apresenta aspecto e consistência de clara de ovo. Ele tem a função de nutrir, proteger, selecionar e conduzir espermatozoides até as tubas uterinas. Assim, é nesta época em que contatos genitais não devem ser feitos, caso o casal não deseje ter filhos.

Como exige bastante conhecimento de seu próprio corpo e autocontrole, existem mulheres cuja ovulação não é regulada e, ainda, aquelas que possuem problemas de saúde que podem desencadear aumento do muco da vagina; este método tem entre 3% e 25% de falha, já que depende mais da observação da mulher e do casal, do que do método em si. Assim, caso opte pelo MOB, pode ser interessante buscar um acompanhamento, seja pelo medico, seja por uma instrutora. Muitas Igrejas oferecem, gratuitamente, cursos e orientações que contemplam essa questão.

E importante lembrar que o Billings, assim como os outros métodos contraceptivos, exceto a camisinha, não protege contra a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.



quinta-feira, 17 de julho de 2014

O PAPEL DO HOMEM NA FAMILIA

O homem, o pai, representa a figura de Deus na família 

O Catecismo da Igreja ensina que a família é um “sinal da Santíssima Trindade” na Terra; assim, pai, mãe e filhos formam uma comunidade de vida e de amor à imagem de Deus. Por isso, a família é fundamental e insubstituível. Ela é a base de todo plano divino. O homem, o pai, representa a figura de Deus, Seu exemplo e bondade, mas também a firmeza d’Ele, que deve levar os filhos a terem, por analogia, uma visão bela do Senhor, que é amoroso, honesto, puro e desapegado.
A criança precisa ter um pai e uma mãe para poder firmar sua personalidade masculina ou feminina diante da figura paterna e materna. O pai é, sobretudo para os meninos, um modelo de vida, um ponto de segurança e estabilidade. Para a esposa, ele é segurança; ela gosta de “apoiar-se” nele, consolar-se em seus ombros. A mulher chora com facilidade, mas estremece quando vê o homem chorar.
O Papa Paulo VI disse que o marido é a cabeça do casal e a esposa é o seu coração. Ele tem o primado da razão, e ela o do coração. São Paulo pediu aos maridos: “amai as vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25). Então, o marido deve estar pronto a gastar a sua vida pelo bem da sua esposa e dos seus filhos. Já que ele é a cabeça da família, deve estar pronto para todo sacrifício, a fim de que ela seja feliz.
Para isso, ele terá, antes de tudo, de ser um homem fiel à sua esposa em pensamentos, palavras e atos, para que a sua união com ela seja forte e indissolúvel. Qualquer resvalada nisso pode desmoronar o lar.
Um adultério é um câncer na vida conjugal e, na maioria das vezes, é praticado pelo homem. Então, ele precisa ter a graça de Deus para vencer toda fraqueza da carne. Não se esquecer jamais do que Jesus disse: “Vigiai e orai, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. O homem jamais pode brincar com isso e dar-se a “facilidades” com outras mulheres que não seja a sua. Ele precisa vigiar o tempo todo, policiar-se em cada ambiente, sobretudo quando está só. A família é sagrada e não pode correr riscos de dissolução.
Victor Hugo disse que “o homem é a mais elevada das criaturas de Deus, mas a mulher é o mais sublime dos ideais. Deus fez para o homem um trono; para a mulher, um altar. O homem é o cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz o amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é um gênio; a mulher é um anjo. O gênio é incomensurável; o anjo, indefinível. A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher a virtude extrema. A glória promove a grandeza; a virtude, a divindade. O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência, o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas. A razão convence; as lágrimas comovem. O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher de todos os martírios. O heroísmo nobilita; o martírio purifica. O homem é o código; a mulher, o Evangelho. O código corrige, o Evangelho aperfeiçoa. O homem é o templo; a mulher, o sacrifício. Ante o templo, nos descobrimos; ante o sacrário, nos ajoelhamos. O homem pensa; a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é o oceano; a mulher o lago. O oceano tem a pérola que adorna; o lago, a poesia que deslumbra. O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma. O homem tem um farol: a consciência; a mulher, uma estrela: a esperança. O farol guia; a esperança salva. Enfim, o homem está colocado onde termina a Terra; a mulher onde começa o Céu”.
Tudo isso mostra que Deus fez homem e mulher um para o outro, e ambos precisam um do outro. E os filhos precisam de ambos.

Prof. Felipe Aquino


terça-feira, 24 de junho de 2014

Papa adverte sobre risco de julgar e falar mal dos outros

Quem julga um irmão erra e acabará sendo julgado da mesma forma. Deus é “o único juiz” e quem é julgado poderá contar sempre com a defesa de Jesus, o primeiro defensor. Esta foi a ideia que o Santo Padre Francisco meditou nesta manhã na homilia da Santa Marta.
Usurpador de um lugar e de um papel que não lhe pertence e, ao mesmo tempo, também uma derrota, porque vai acabar sendo vítima de sua falta de misericórdia. Isto é o que acontece com aqueles que julgam um irmão. Fazendo referência ao Evangelho da palha e da trave no olho, o Santo Padre observou que “a pessoa que julga erra, se confunde e acaba derrotada” porque “toma o lugar de Deus, que é o único juiz”. O nome “hipócritas” que Jesus dá várias vezes para os doutores da lei, na verdade, se destina a qualquer pessoa. Também porque – observou  Francisco – quem julga o faz “em seguida”, enquanto que “Deus, para julgar, toma o seu tempo”.
E explicou da seguinte maneira: “quem julga erra, simplesmente porque toma um lugar que não é o seu. Mas não somente erra, também se confunde. Está tão obcecado com o que quer julgar, da pessoa – tão obcecado! – que esse pontinho não lhe deixa dormir. Mas, eu quero tirar essa palha!’… E não percebe a trave que ele tem. Confunde: acredita que a trave seja a palha. Confunde a realidade. Imagina. E quem julga se torna um derrotado, termina mal, porque a mesma medida será usada para julgá-lo. O juiz, que está no lugar errado, porque toma o lugar de Deus, termina derrotado. E qual é a derrota? A de ser julgado com a medida com a qual ele julga”.
Além disso, o Papa recordou que o único que julga é Deus e aqueles que Deus dá o poder de fazê-lo. Dessa forma propôs a atitude de Jesus como exemplo a imitar.
“Jesus, diante do Pai, nunca acusa, pelo contrário: defende! É o primeiro Paráclito. Depois nos envia o segundo, que é o Espírito Santo. Ele é defensor: está na frente do pai para defender-nos das acusações E quem é o acusador? Na Bíblia o demônio, satanás, é chamado de “acusador”. Jesus nos julgará, sim: no fim dos tempos, mas, enquanto isso, intercede…”, afirmou o Papa.
Neste sentido, o Santo Padre quis recordar que quem julga “é um imitador do príncipe do mundo, que sempre vai atrás das pessoas para acusa-las ao Pai”. Por isso, o Papa pediu que o Senhor “nos dê a graça de imitar a Jesus, intercessor, defensor, advogado nosso e dos outros” e “não imitar o outro, que no fim nos destruirá”.
Por fim, o Bispo de Roma indicou que “se queremos seguir o caminho de Jesus, mais que acusadores, devemos ser defensores dos outros diante do Pai. Vejo algo errado com alguém, vou defendê-lo? Não! Mas, cale-se! Vá rezar e defende-lo diante do Pai, como faz Jesus. Reza por ele, mas não o julgue! Porque se o faz, quando você faça algo errado, será julgado”. Por isso, Francisco pediu para lembrar na vida diária que “quando tenhamos vontade de julgar os outros, de falar mal dos outros, há uma maneira de julgar”. (Trad.TS)

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Igreja deve surpreender e não ser elemento decorativo

Papa: Igreja deve surpreender e não ser elemento decorativo

Em sua mensagem dedicada à celebração de Pentecostes, o papa Francisco afirmou que a Igreja deve "surpreender" e "não se resignar a ser um elemento decorativo". "É uma igreja que não duvida em ir para fora. Em encontrar com as pessoas, para anunciar a mensagem que lhe foi encomendada, inclusive se essa mensagem molesta e inquieta as consciências", disse Francisco. O pontífice reiterou que se a Igreja está viva "deve sempre surpreender", pois senão "é frágil, doente e dever ser reanimada". A Igreja "nasce universal, aberta, para abraçar o mundo sem capturar, como a coluna da Praça de São Pedro, cujos dois braços se abrem para acolher e não se fecham para prender", acrescentou. Para celebrar a Pentecostes, o papa tinha realizado uma missa nesta manhã na Basílica de São Pedro, e na homilia afirmou que "um cristão sem memória não é um verdadeiro cristão".
"É um homem ou uma mulher prisioneiro do momento, que não sabe fazer um tesouro de sua história, não sabe lê-la e vivê-la como história de salvação", disse.


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Amor Conjugal deve imitar o amor de Jesus pela Igreja

O Santo Padre nos lembra que o amor conjugal deve imitar o amor de Jesus pela Igreja

Cidade do Vaticano, 

Francisco falou das características de um autêntico matrimônio cristão durante a homilia desta manhã na Casa Santa Marta. “Fiel, perseverante e fecundo” são as características do amor que Jesus tem pela Igreja, sua Esposa: são também, portanto, as características do casamento cristão.
Quinze casais se encontravam hoje diante do altar, junto com o papa Francisco, para dar graças a Deus pela sua história. Quinze histórias matrimoniais, de família, que começaram há 25, 50 e 60 anos. Foi uma cena insólita na capela da Casa Santa Marta, que deu ao papa a oportunidade de refletir sobre os três pilares que, na visão da fé, devem sustentar o amor conjugal: a fidelidade, a perseverança e a fecundidade.
O modelo de referência, explicou o papa, são os “três amores de Jesus”: pelo Pai, pela Mãe e pela Igreja. “Grande” é o amor de Jesus por esta última, afirmou o papa Francisco. “Jesus se casou com a Igreja por amor”. Ela é “sua esposa: bela, santa, pecadora, mas Ele a ama mesmo assim”, acrescentou Francisco. E a sua forma de amá-la revela as “três características” desse amor.
Francisco declarou: “É um amor fiel, um amor perseverante. Ele não se cansa nunca de amar a sua Igreja. É um amor fecundo. É um amor fiel! Jesus é fiel! São Paulo, em uma das suas cartas, diz: ‘Se tu confessas a Cristo, Ele dará testemunho de ti diante do Pai; se tu renegas a Cristo, Ele também te renegará; se não és fiel a Cristo, Ele permanece fiel, porque não pode renegar a si mesmo!’. A fidelidade é, precisamente, o ser do amor de Jesus. E o amor de Jesus à sua Igreja é fiel. Esta fidelidade é como uma luz para o matrimônio. A fidelidade do amor. Sempre”.
Fiel sempre, mas também incansável na perseverança, precisamente como o amor de Jesus pela sua Esposa. O pontífice explicou que “a vida matrimonial deve ser perseverante, porque, do contrário, o amor não pode seguir em frente. A perseverança no amor, nos momentos bonitos e nos momentos difíceis, quando existem problemas: os problemas com os filhos, os problemas econômicos, os problemas aqui, os problemas ali. Mas o amor persevera, vai em frente, procurando sempre resolver as coisas para salvar a família. Perseverantes: o homem e a mulher se levantam toda manhã e levam a família em frente”.
O terceiro traço comentado pelo Santo Padre foi a “fecundidade”. O amor de Jesus “torna a Igreja fecunda, com novos filhos, batismos, e a Igreja cresce com essa fecundidade nupcial”. Francisco destacou que, em um casamento, esta fecundidade pode às vezes ser colocada à prova, quando os filhos não surgem ou estão doentes. Nestas provações, há casais que “olham para Jesus e, do exemplo de Jesus e da sua Igreja, extraem a força para ser fecundos”. Já do lado oposto, “há coisas que não agradam a Jesus”, como os matrimônios que são estéreis por escolha do casal.
O papa terminou a homilia observando: “[É o caso] desses casamentos que não querem filhos, que querem ficar sem fecundidade, essa cultura do bem-estar que cresceu nos últimos dez anos e que nos convenceu de que ‘é melhor não ter filhos! É melhor! Assim podemos conhecer o mundo, sair de férias, ter uma casa no campo, ficar tranquilos… É melhor, talvez, é mais cômodo, ter um cachorro, dois gatos, e o amor fica para os dois gatos e para o cachorro’. É verdade ou não é? Vocês já viram esses casos? No final da vida, esse casal chega solitário à velhice, com a amargura daquele tipo ruim de solidão. Não é fecundo, não faz o que Jesus faz com a sua Igreja: Ele a faz fecunda”.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

PROPOSTA RENOVAÇÃO PARA O MFC

UMA PROPOSTA DE RENOVAÇÃO PARA O MFC
Padre João Manu
Conselheiro Espiritual do MFC Nacional

Meus caros amigos,  com multo carinho, estou-me dirigindo a vocês por primeira vez neste meio de comunicação como Conselheiro Espiritual Nacional do MFC.
No CONDIR em São Luis - Ma, fiz uma proposta de Formação e de atuação nova para o MFC. Esta proposta foi votada e aprovada e será de novo apresentada no próximo SIN, (Inclusive me pediram de apresentar e fazer uma oficina sobre o tema). Explico-vos porque também foi apresentada e aprovada nestes dias no AGLA de Maracarbo (Assembléia Geral Latino Americana) na Venezuela.  Sendo que o tema para o próximo AGLA será: “A Família Escola de Perdão, Reconciliação e Restauração". Esta foi uma proposta que o MFC do Brasil levou para esta Assembleia Latino americana do MFC e que como digo foi votada, aprovada e acolhida por Unanimidade por todos os presidentes da América Latina.
A proposta é: que o MFC no seu trabalhar a família com o objetivo geral de construir o Reino de Deus, se prepare para ser "Escola de Perdão, Reconciliação e Justiça Restaurativa não punitiva" além de "especialista" em cursos de preparação para os noivos.
Hoje tem já vários movimentos de Igreja que já fazem o trabalho de preparar noivos, porém num mundo tão conturbado e violento pouca gente trabalha a Paz, a Justiça, o Perdão, a Reconciliação e a Restauração das pessoas que erraram. O Papa Francisco não deixa de pedir que nos esforcemos em trabalhar pela Paz. O MFC deveria oferecer esses supostos conhecimentos para as paróquias, escolas, professores, associações de vizinhos, bairros, favelas, etc.
Proponho, portanto que o MFC ajude os casais, as famílias e as “micro e macro" sociedades a se perdoar e reconciliar, seguindo um método com dinâmicas próprias sócio educativas a fim de que as pessoas possam se libertar do ódio, e rancor e apreendam a se perdoar.
Lembremos meus queridos Irmãos que o 50% dos casamentos sacramentados católicos Já se desfizeram. Os assassinatos e a violência geram no nosso Brasil mais mortes que em qualquer pais em guerra declarada.
Sendo assim, urge que os movimentos de Igreja ajudemos na construção da Paz, na vivencia do Perdão da Reconciliação e no esforço por Restaurar as pessoas que mais precisam, e que foram atingidas peta violência ou promoveram a violência.
Por isso eu me propôs também a treinar monitores (pessoas do MFC ou não) nas diferentes cidades, e dar os subsídios necessários para assumir este novo trabalho tão necessário dentro da nossa sociedade e que toca no coração da Família, isto é o PERDÃO, a RECONCILIAÇÃO e a RESTAURAÇÃO da pessoa.
Conteúdos:
O curso tem uma duração de dois fins de semana ( 6F de tardinha-noite, Sábado e Domingo) , depois de 6 meses se voltaria para aprofundar com mais temas.
No nosso curso dedicaremos todos nossos esforços para promover a teoria e a pratica do Perdão, Reconciliação e Restauração como fundamento seguro para a transformação dos conflitos e das práticas violentas das pessoas e das comunidades. Tentaremos assim, contribuir para a construção de cultura de convivência e paz sustentável.
A violência social junto á violência armada nas nossas cidades semearam e continuam semeando raivas, rancores, desejos de vingança. Que devem ser compreendidos e tratados pelos diferentes saberes que se ocupam em imaginar mundos possíveis de convivência, solidariedade, justiça e paz; mundo onde o fato cotidiano de viver não doa tanto. O MFC é chamado a trabalhar a Paz, o Perdão e a Justiça Restaurativa também dentro das Famílias.
Este curso da Escola de Perdão, Reconciliação e Restauração, é uma proposta de trabalho pessoal e comunitário onde os participantes, guiados por um Animador, aprendem a transformar raiva, rancor, ódio e desejo de vingança provocados por agressões recebidas, em novas sementes de convivência e progresso.
A experiência das escolas do Perdão e Reconciliação começaram na Alcadla de Bogotá, com o PE. Leonel Narvárez Gómez IMC durante o ano de 2002, como uma das dimensões do programa ECOBARRIOS (Ecobalrros), dirigido pelo departamento administrativo de ação comunal. Bogotá que era uma das cidades mais violentas do mundo, hoje em dia, ganhou vários prêmios da ONU e converteu-se numa das cidades mais seguras de América Latina. Se o MFC se tornar uma grande Escola de Perdão, Reconciliação e Restauração, será um Movimento renovado, construtor da Paz, não só nas famílias, mas também do seu Bairro, da sua cidade e do mundo.
Trataremos os seguintes pontos:
- A raiva e o rancor
- O perdão
- A compaixão
- Tipos de pactos para a reconciliação
- Os sete passos da vingança à reconciliação
- A construção da verdade e das punições
- A Justiça restaurativa e não punitiva

Estes temas serão aprofundados e vivenciados através de dinâmicas psíco-sociais.
Se vocês meus queridos MFCistas estiverem acorda, entrem em contato com seus coordenadores das cidades e Estados e a gente pode ver o que podemos fazer juntos e nos ajudar. Abraços e oremos para que o MFC seja realmente Promotor do perdão, da Reconciliação, da Restauração, da Justiça e da Paz. Abraços e orações que nos levem à ação.

MISSÃO DO CASAL CRISTÃO DE HOJE

A missão do Casal Cristão de Hoje

Atuação nº 161 Jan/Fev/Mar 2014 Pag 5
Movimento Familiar Cristão

“A ação apostólica dos fieis leigos consiste; antes de qualquer coisa, em tornar a família consciente da sua identidade de primeiro núcleo fundamental da sociedade".
“A família cristã é a primeira e mais básica comunidade eclesial. Nela se vivem e se transmitem os valores fundamentais da vida cristã. Ela se chama "Igreja Doméstica". Aí, os pais desempenham o papel de primeiros transmissores da fé a seus filhos, ensinando-lhes através do exemplo e da palavra, a serem verdadeiros discípulos missionários." (Documento de Aparecida 204).
Chamados ao matrimônio o casal cristão abraça livremente a vocação de seguir a Cristo e de se por ao serviço do reino de Deus todos os dons decorrentes da graça matrimonial. O matrimônio é para os cônjuges uma profissão de fé feita dentro da Igreja e com a Igreja, comunidade dos crentes. Esta profissão de fé exige o seu prolongamento no decurso da vida dos esposos e da família. No matrimônio Deus continua a chamá-los dentro dos fatos e através dos fatos, dos problemas, das dificuldades, dos acontecimentos da existência de todos os dias. A família cristã, sobretudo hoje, tem uma especial vocação para ser testemunha da aliança pascal de Cristo, mediante a irradiação da alegria do amor e da certeza da esperança; da qual deve tornar-se um reflexo.
A Igreja doméstica é chamada a ser um sinal luminoso da presença de Cristo e do seu amor neste mundo, mesmo para os "afastados", para as famílias que ainda não creem e para aquelas que já não vivem em coerência com a fé recebida: é chamada com o exemplo e com o testemunho a iluminar aqueles que procuram a verdade.
Escutemos o que disse Paulo VI: "A família, como a igreja, deve ser um lugar onde se transmite o Evangelho e donde o Evangelho irradia.
"O ministério de evangelização e de catequese da Igreja doméstica deve permanecer em comunhão íntima e deve harmonizar-se responsavelmente com todos os serviços de evangelização e de catequese presentes e operantes na comunidade eclesial, quer diocesana quer paroquial." A Igreja por sua parte sabe que o futuro da humanidade e da própria Igreja passa através da família.
Situação e missão da família
"A salvação da pessoa humana está estreitamente ligada ao bem estar da comunidade conjugal e familiar. Este bem estar por vezes está ameaçado pelo egoísmo, pelo hedonismo (tudo está condicionado ao prazer próprio) e por práticas ilícitas contra a geração. De resto, as condições econômicas, sócio-psicológicas e civis de hoje em dia acarretam não leves perturbações na família". As mudanças de conceitos, preconceitos; a globalização interfere cada vez mais na educação dos filhos. Muitas vezes com ideias alheias ao senso cristão.
A situação de degradação que se encontram varias famílias de hoje coloca em risco não só a saúde da igreja.(POR DEIXAR DE CUMPRIR SEU PAPEL PROFÉTICO), Mas também de toda a sociedade humana. A Igreja olha com preocupação e procura meios para sanar as adversidades que se levantam contra a família nos tempos atuais.
A V Conferência do Episcopado Latino Americano p Caribe, Traz como tema: "Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que Nele nossos povos tenham vida". "Eu sou o caminho, a verdade e a vida ". Jo 14,6 Vejamos o que diz:      Um pequeno fragmento do Documento de Aparecida. "Ser cristão não é uma carga, mas um dom."
A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra é nossa alegria. (Documento de Aparecida 28 e 29).